segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Os caminhos de Donna Haraway



Nascida em Dever, capital de Colorado nos Estados Unidos em 1944, Donna Haraway Way,escritora, historiadora da ciência e criadora da ciborgologia, destacou-se na tecnologia como uma das poucas mulheres no ramo aparentemente dominado por homens com seus ciborgues. Época onde enfatiza-se visões pluralistas e teorias feministas vem
procurando um divisão simples de bem ou mal nos discursos sobre as ciências naturais, contrapondo-se a concepção de objetividade e subjetividade do momento.
Insatisfeita com os conceitos propostos por tais teorias feministas e o empirismo vigente, movimento que defende que teorias cientificas devem ser baseadas na observação do mundo e não na intuição ou fé como antes era pensando. Donna Haraway, usa técnicas analíticas da teoria dos discursos para apoiar a leitura narrativa cientifica das ciências naturais para o entendimento de toda a ciência em ciborgues, abrindo pontos de vista “idealizados”, seja em um incorporado social, temporal ou espacial.
Ela acredita que a natureza é feita, como fato e como ficção. Organismos não seriam objetos naturais, não nascem, são feitos nas práticas técnico-científicas em um mundo em mudança, por atores coletivos em tempos e lugares particulares, como por exemplo, em expressão bem cientifica, a natureza é feita, mas não inteiramente pelos humanos; é uma co-construção entre humanos e não humanos - articulados, isto é, postos juntos. A fórmula para expressar tal articulação é: a árvore do conhecimento é uma Rede (Web), o que desloca noções como natural, corpo, corpo natural, ser humano, corpo humano, identidade, sujeito e o suposto relacional.
Já na ciência que não há apenas um significado, pelo menos não um só legitimado e sim um recurso para todo conhecimento já existente. Não concordar só na insistência da manutenção de um conceito carregado de significados como o de objetividade das ciências, para significar toda uma nova leitura e uma abertura de possibilidades e multiplicidades de análises emergentes a partir das noções de conhecimento.
Donna Haraway possui uma postura cientifica em relação a uma ciência epistemologicamente superior, ou seja, uma ciência que relaciona conhecimento e crença, sem assumir perspectivas concretas. Ela enfatiza as fraturas em parcialidades e a importância da "visão desestabilizadora" para mexer com as bases da ordem vigente, não apenas para os novos modelos de trabalho para a ciência, mas também em novos modelos de analises politicas da ciência.

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