segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Os Ciborgues
Segundo o dicionário: Ciborgue 1 Liter. Ser humano que teve partes do seu corpo substituídas por componentes eletrônicos (associados ou não a dispositivos mecânicos) capazes de cumprir a função de órgãos, membros etc.
Segundo o famoso site Wikipédia “um Ciborgue é um organismo cibernético, isto é, um organismo dotado de partes orgânicas e mecânicas, geralmente com a finalidade de melhorar suas capacidades utilizando tecnologia artificial”.
O termo vem do inglês(cybernetics organism), e foi cunhado por Manfred Cluynes e Nathan Cline em 1960. À época começava-se a falar da dominação espacial por parte do homem. Após discutrem sobre o assunto os dois cientistas chegaram em um consensso. Ambos acreditavam que para que o ser humano pudesse habitar o espaço sideral, esse necessitaria ser “melhorado”. Surge assim o conceito de um super homem, que, segundo os autores os entrariam em “uma nova fronteira, não meramente espacial mas, mais profundamente, o relacionamento entre o ‘espaço interior’ e o ‘espaço exterior’ - uma ponte... entre a mente e a matéria.”
Apesar de muitos trabalhos teóricos sobre o assunto, foi com a ficção científica, com as histórias em quadrinhos e com o cinema que o ideal de ciborgue se estabeleceu no imaginario coletivo. Geralmente eles se apresentam de duas maneiras. Uma primeira seria o ciborgue que vive o dilema maquina x homem, que procura saber o que exatamente ele é. Um segundo arquétipo cibernético seria o do ciborgue mal, sem sentimentos, totalmente maquina. No sentido físico também exitem duas representações mais usadas. Uma em que o ciborgue é completamente tecnológico, sem se assemelhar aos humanos, e outros que se parecem muito com os humanos.
O que se vê hoje, passado muito tempo das primeiras teorias sobre o assunto são pessoas comuns que usufruem da tecnologia de maneira benéfica. Pessoas com parte do corpo mecanicas, como pernas, ou marcapassos são concideradas ciborgues, por uma linha de pensamento. Elas utilizam a tecnologia a seu favor para superar seus próprios limites. Porém dizer que alguém que usa um implante na cóclea para poder escutar é um ciborgue é algo muito polêmico ainda, o que causa muita discusão nos meios acadêmicos e também nos de saúde.
Na obra de Donna Haraway o ciborgue é visto de uma forma muito distinta de todas essas. Vale lembrar que ela foi uma das pioneiras nessa área, e que seus conceitos foram utilizados por outros autores que também se debrussaram sobre o assunto. Se não fosse por ela talvez não teríamos no imaginário popular personagens como Robocop, Blade Runner, Wolwerine de X Men, Skywalker de Star Wars, e tantos outros da literatura de ficção científica, como o protagonista do famoso romance de Isaac Asimov, “Eu, Robo”, que conta a história de um humano que odeia robôs, mas que graças a eles teve sua vida salva, e pode substituir parte de seu corpo, perdido no acidente, por uma prótese mecânica.
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